Retrofit

Adoramos varandinhas, mas não é sempre que as encontramos naqueles apês ideais.
Essa matéria conta como uma técnica do “retrofit” ajuda a…

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Adoramos varandinhas, mas não é sempre que as encontramos naqueles apês ideais.
Essa matéria conta como uma técnica do “retrofit” ajuda a modernizar os imóveis, da troca total da hidráulica à fachada, permitindo até a inclusão de novas varandas.

 

Quem não conhece o bairro do Itaim, até imagina que o edifício Rio Novo, na rua Dr. Renato Paes de Barros, sempre teve varandas. No entanto, a fachada é nova. Resultado de uma reforma, a ser concluída em setembro, que acrescentará mais 38 m² a cada um dos 34 apartamentos de 250 m².
A técnica conhecida como “retrofit” (retro, do latim, movimentar-se para trás e fit, do inglês, ajuste) moderniza as construções, sem alterar a estrutura principal, atendendo às exigências de mercado.
“A medida combate a desvalorização do patrimônio. Uma reforma que custe R$ 5 mil para cada condômino pode valorizar o imóvel em cerca de R$ 50 mil”, afirma Angélica Angélica Arbex, gerente da Lello Condomínios. “Tenho um caso em que a nova roupagem triplicou o valor do imóvel”, conta o arquiteto Roberto Candusso, responsável por inúmeras obras desse tipo na cidade.
Entre os itens mais pedidos no retrofit estão a mudança da fachada, a inclusão de sistemas de segurança e a modernização de instalações elétricas e hidráulicas, que trazem maior qualidade de moradia aos condôminos e rejuvenescem os empreendimentos de 15 a 20 anos.
Mas, como toda reforma, o retrofit deve ser bem planejado, mesmo sem afetar a estrutura principal. Segundo especialistas, o ideal é fazer análises técnicas rigorosas e certificar-se de que o edifício realmente aguente possíveis sobrecargas . “Aproveite para substituir tubulações antigas e individualizar alguns sistemas, como o hidráulico”, diz Raquel Tomasini, engenheira da Lello Condomínios. “Infiltrações e outros problemas estruturais causados pela ação do tempo também podem ser resolvidos nesse momento”, completa Candusso, que tem em seu portfólio, entre outras, a reforma do edifício Marambaia, em Cerqueira César, cuja fachada foi completamente modificada, com direito a sacada de 40 m².
Outro projeto de “retrofit” que está chamando a atenção de quem passa pela região é o edifício VN Alameda Campinas, da Vitacon. A reforma no imóvel com 30 apartamentos de 48 m² a 116 m² incluirá a mudança de pisos, janelas e fachada, tendo previsão de entrega para até 12 meses.
Esse tipo de obra, no entanto, apresenta complicações administrativas, pois exige 100% de aprovação dos condôminos em assembleia. Além disso, é necessária a consulta de plantas antigas dos apartamentos, aprovação da prefeitura e, em casos de acréscimo na área construída, adequações ao plano diretor da cidade.
Fora o impacto nas taxas de condomínios – cujos valores altos, na maioria das vezes, se justificam pela redução a longo prazo do custo de manutenção das instalações e aparelhos antigos.
Imóveis antigos localizados em regiões valorizadas da cidade, como Jardins, Higienópolis, Perdizes e Centro são alvo certo para “retrofit”, que têm ganhado apoio da própria prefeitura. Lançado em 2010, o programa Renova Centro, tem como objetivo revitalizar a região com a modernização de 43 imóveis (já selecionados) e a criação de 2,5 mil unidades habitacionais. Hoje, dois imóveis estão em obras – na av. São João e na rua Asdrubal do Nascimento – nos quais devem ser criadas 84 unidades habitacionais. Além disso, três edifícios adquiridos pela prefeitura aguardam a aprovação do projeto, somando no futuro outras 327 moradias. Já foram investidos aproximadamente R$ 37 milhões no programa, sendo R$ 27,5 mi utilizados na aquisição dos imóveis.”

 

Fonte: Delas

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